Dono da Fazenda Planalto'


Jaime Tomaz de Aquino - Dono da Fazenda'

Jaime Tomaz de Aquino

Nasceu no dia 26 de março de 1924, na cidade de Jaguaribe /CE.

Órfão de pai e mãe aos 15 anos, ficou aos cuidados de Dom José Terceiro de Sousa aquela época vigário de Pereiro, que o matriculou na Escola Apostólica dos Jesuítas em Baturité, onde iniciou seu estudo primário.

Incorporou-se ao Exército onde prestou serviços e foi licenciado como ex-combatente da 10º GAT - 75 MM.

Foi caminhoneiro nas estradas do Nordeste e do Brasil, quando, por acaso, descobriu que levar castanhas de caju do Ceará para São Paulo seria um bom negócio, e começou, então a vender sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates. A clientela cresceu, e daí surgiu a idéia da instalação de uma indústria de beneficiamento de castanha de caju. Em 1962 fundou a Companhia Industrial de Óleos do Nordeste-CIONE, da qual é Diretor-Presidente, que gera mais de 7.000 (sete mil) empregos diretos, com uma exportação que atinge a cifra de 14 a 16 milhões de dólares anuais.

Além da industrialização da castanha de caju, desenvolve o cultivo de cajueiros em uma área de 100.000 hectares em suas fazendas, denominadas: Fazenda Uruanan, Fazenda Pimenteira, Fazenda Jacaju, Fazenda JK I, Fazenda JK II, Fazenda Santos Dumont, Fazenda Tronco do Ipê, no Ceará, Fazenda Planalto, Fazenda Alvorada, Fazenda Esplanada, Fazenda Serra Nova, e Fazenda São Vicente no Piauí. Sendo considerado o maior plantador de cajueiros do mundo.

Exerce cumulativamente as funções de Diretor-Presidente d

a CICAJU (Cia. Cearense Agro-Industrial do Caju), CAEMA (Cia. Alvorada de Empreendimentos Agrícolas S/A) e BOREASA (Borborema Empreendimentos Agrícolas S/A), que funcionam nas fazendas acima citadas.

Foi agraciado com: Sereia de Ouro, 1980 (Grupo Edson Queiroz); Produtor Modelo, 1980 (Ministério da Agricultura); Medalha da Abolição, 1987 (Governo do Estado); Medalha do Mérito Industrial, 1990 (FIEC).

Jaime Tomás de Aquino é hoje um exemplo vivo da capacidade empreendedora do empresário cearense.

Tudo sobre o Caju.

    'Caju
FRUTA MUITO RICA EM VITAMINAS
Caju é o fruto do cajueiro (Anaccardium ocidentalis, que em latim quer dizer 
“cardo com a semente para fora que é nativo do Ocidente”), árvore nativa das Regiões Nordeste e Norte do Brasil. Pertence à família das Anacardiáceas, a mesma da manga e do pistache, dos quais é “prima” distante. A árvore é baixa, mas muito esgalhada, podendo ocupar grande superfície.
A fama dessa árvore está no seu belo fruto, o caju, que na verdade não é um fruto, mas o pedúnculo (cabinho) inchado que segura a semente, essa sim, o verdadeiro fruto do cajueiro. Para um leigo, o caju parece, como indica seu nome científico, um fruto com a semente do lado de fora.
A polpa do caju é um excelente alimento, pois fornece vitaminas (principalmente vitamina C, em quantidades maiores que a laranja, e vitamina B3, também chamada niacina – veja boxe no final do livro) e sais minerais. É também uma fruta muito rica em aminoácidos, que ajudam a construir as proteínas que sustentam nossas células: alanina, serina, fenilalanina, leucina, ácido glutâmico, ácido aspártico, prolina e tirosina.
O fruto também contêm grande quantidade de tanino, que é adstringente e bactericida, agindo sobre a pele, as mucosas internas e os vasos sanguíneos, ao ser digerido. Grande parte desse tanino se transforma em açúcares com o amadurecimento do fruto. É essa substância que dá o travo amargo ao caju, principalmente se estiver verde. Por causa do tanino, entretanto, o caju tem efeito imediato para cortar diarréia. Esse mesmo tanino faz com que o caju manche roupas, por isso tenha cuidado ao manusear o fruto e seu suco.
Além das vitaminas, o caju também tem enzimas, oligoelementos e aminoácidos, que o tornam um verdadeiro isotônico natural para os atletas. Tem ainda grande quantidade de fibras, o que o faz digestivo. Também contém compostos fenólicos, que são antioxidantes e fortalecem as células.
O caju deve ser guardado em geladeira. Envolto em filme plástico, dura até uma semana. Se for congelado, o caju se conserva por até 80 dias e pode ser usado para sucos e doces.
As castanhas, muito nutritivas, contêm mais de 40% de gordura de boa qualidade, além de vitaminas e aminoácidos, como a cisteína, que rebate danos da poluição. Elas precisam, entretanto, ser torradas para destruir a casca ou descascadas porque contém nessas cascas uma substância adesiva e irritante , o cardol, rico em ácido anacárdico. Morder essa castanha causará feridas nos lábios. Se cair nos olhos, o leite da casca da castanha pode provocar cegueira. O fruto com a castanha deve ficar longe do alcance das crianças. Quando usar o caju, jogue as castanhas no lixo.
Usado com critério, entretanto, esse leite pode ser útil, pois é medicinal. Ele dissolve tecidos e proteínas, podendo ser usado sob a forma pura para eliminar verrugas. Diluído em álcool de cereais, é tradicionalmente utilizado em receitas caseiras para tratamento de ferimentos, pois recobre a ferida com uma fina película antibiótica como se fosse um curativo. Existem fórmulas de farmácia para tratamento de eczema e psoríase que levam tintura da casca da semente do caju.
As folhas, os brotos e as cascas do caule do cajueiro também são adstringentes e servem para tratar feridas. Para conservar folhas e cascas, é melhor secá-las ao sol e depois armazená-las em sacos de papel ou pano.
O botânico Pio Corrêa conta que a casca do cajueiro era um ingrediente comum da farmacopéia francesa, sendo adstringente, tônica, estimulante, indicada para loções de massagens e “gargarejos contra aftas e inflamações da garganta”. Ele conta que do caule do cajueiro se extrai também uma gomo-resina, que os índios chamavam de acajucica. Fornece um tipo de goma arábica útil para encadernação, pois espanta cupins. Os índios usavam essa goma diluída em água como depurativa e expectorante. Eles consideravam as flores afrodisíacas.
O fruto verde ainda com a castanha embrionária, chamado muturi, era assado com carnes de caça pelos índios e os caiçaras o usam para fazer fritadas de peixe ou camarão.
Também são indígenas as técnicas de fermentar o fruto do caju para obter refrigerantes e até aguardente de superior qualidade. Pio Corrêa conta que a ação anti-séptica das curas pelo caju gerou uma verdadeira indústria no começo do século. “No tempo da frutificação, os vastos campos de cajueiros nos Estados do Norte são procurados por bandos de enfermos de moléstias sifilíticas, os quais ali se instalam e permanecem durante semanas, sempre a chupar caju e a esfregar o corpo com o respectivo bagaço, consistindo nisso apenas o combate a tão terrível enfermidade.”
A descoberta dos antibióticos sintéticos, mais específicos e de ação mais rápida, indicados para doenças como a sífilis, acabou com a indústria das estações de cura no Nordeste, baseada em sigilosas viagens que coincidiam com a época da frutificação do caju...
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CURIOSIDADES

O mistério do caju na garrafa
Se você tiver pé de caju em casa e quiser surpreender suas visitas pode fazer cajus dentro de garrafas. Todo mundo vai querer saber como a fruta entrou na garrafa. Pois a técnica é enfiar o galho com fruto pequeno pelo gargalo da garrafa e amarra-la na árvore até que o fruto cresça. Depois corte o galho e preencha a garrafa com aguardente. É considerada medicinal, mas recomendamos seu uso apenas para decoração, porque a quantidade de resina da casca da semente que se dilui na bebida é muito grande, tornando-a cáustica.

O maior cajueiro do mundo
Em Piranji, no Rio Grande do Norte, um cajueiro virou atração turística: de espécie mutante, ele ocupa vários quilômetros porque emite raízes a partir de seus galhos, com as quais forma novos troncos. Ele formou assim um bosque de cajus que tem uma só origem e atrai turistas do mundo todo.